30.3.05
PSD : Uma sigla de um Partido sem conteúdo político identificativo
Encontram-se nos tempos correntes alguns nomes designativos de entidades políticas sem cotação relevante na sociedade portuguesa.
Os motivos de tão degradada valoração dessas entidades radicam na actuação ou comportamento espúrios dos seus mais destacados dirigentes, recrutados de meios onde campeiam o oportunismo e a inépcia política e técnica, a níveis continuamente rebaixados.
Está nesta situação o nosso conhecido PSD – Partido Social Democrático – a que certas pessoas teimam colar o apêndice nominativo de PPD – Partido Popular Democrático –, designação sem dúvida mais conveniente para a dissimulação doutrinária ou ideológica a que pretendem submetê-lo.
Anos sucessivos de inadequada representação e assaltos repetidos de gente desqualificada, tudo proveniente da consabida má moeda, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista cívico ou moral, retiraram valor e credibilidade a uma sigla que hoje se banalizou, ao ponto de já nem acrescentar valor ao que quer que seja que se lhe associe. Pior ainda, a sua simples exibição ou citação pode vir a retirar credibilidade ao que quer que em seu nome se apresente.
Perante tal descalabro que caminhos se abrem a quem tencione reformar a Instituição para lhe restituir o bom nome perdido ?
Crêem alguns, admitamos que bem intencionados, que bastarão uns reajustamentos ou pontuais substituições de responsáveis de certas estruturas, para que tudo volte ao seu normal, sendo o normal, para eles, pôr em funcionamento um qualquer maquinismo para fins eleitorais, capaz de os reconduzir ao ambicionado Poder.
Uma vez aí chegados, os problemas automaticamente se resolverão. Em primeiro lugar para eles, obviamente, que, aí instalados, poderão promover umas quantas distribuições de sinecuras aos amigos do peito, que os ajudaram na miraculada ascensão.
No mais, o ramerrão habitual ou, como certamente as figuras de proa política preferirão, business as usual, uns concursos patrocinados de dentro do Poder, umas concessões, umas adjudicações a Empresários amigos, uns pequenos favorecimentos a Consultoras, uns compadrios, umas preferências oportunas, tudo legal, como convém, se for feito com habilidade sofrível, se não, agenciando a conivência ou a anulação de eventuais empecilhos ou inconvenientes obstruções.
A isto se tem resumido, nos últimos dez anos, sobretudo, a passagem pelo Governo de uma gente oriunda dos dois grandes partidos centrais PSD-PS, conhecida por moderna, liberal quanto baste, bem relacionada nos corredores do Poder e nas ligações destes com as Empresas, apadrinhada pelos beneficiados do costume, em regime de equilibrada rotatividade, a bem da concórdia das novas famílias sócio-financeiras emergentes do constitucionalismo democrático pós-25 de Abril.
Neste panorama, que cabimento têm os Partidos, supostamente diferentes, baseados em Doutrinas e Programas nascidos de convicções antigas e bem vincadas nos nobres ideais de Justiça, Liberdade, Independência, Progresso, Solidariedade e Bem-Estar ?
Respondam os Cidadãos que sustentam a presente realidade, com o seu voto, o seu apoio e a sua persistente boa vontade !
Agora, que o Poder mudou, que perderão os Cidadãos anónimos, sérios e trabalhadores, que sustentaram o PSD, com o afastamento deste da esfera do dito ?
Que fariam os seus representantes políticos que estes não façam igual ou melhor, porventura até de forma menos canhestra, excepto talvez no capítulo da atribuição de cargos, onde o PS se mostra geralmente mais insaciável, porque menos inibido ?
Que mais será preciso dizer aos cidadãos honestos deste País, que ainda não tenha sido dito, comprovadamente sem a menor consequência visível ?
Para que serve a Política, para além da discussão dos Orçamentos Gerais do Estado, da redução da dívida pública, do controlo da inflação e de outras questões tão do agrado dos Macro-Economistas erigidos em Magos do presente Regime Democrático ?
Há mais mundo para além do défice, dizia há tempo o nosso prolixo Presidente. Esperemos que disso não se tenha, entretanto, esquecido e apareça com semelhante afã a proclamar mais altos e variados temas de discussão nacional.
De novo, a pergunta excruciante :
Que fazer com estes Partidos de vocação governamental e em particular com o PSD actual ?
Como insuflar o sopro vital em tão depauperado corpo ?
Revelem-se agora os futuros agentes da mudança, falando claro, com objectividade, sobre o que pretendem para o País, como e com que pessoas se propõem regenerar o PSD do nosso amargurado descontentamento ?
Quid agendum ? / Que fazer ? Que deve ser feito ?
AV_Lisboa, 29 de Março de 2005
Os motivos de tão degradada valoração dessas entidades radicam na actuação ou comportamento espúrios dos seus mais destacados dirigentes, recrutados de meios onde campeiam o oportunismo e a inépcia política e técnica, a níveis continuamente rebaixados.
Está nesta situação o nosso conhecido PSD – Partido Social Democrático – a que certas pessoas teimam colar o apêndice nominativo de PPD – Partido Popular Democrático –, designação sem dúvida mais conveniente para a dissimulação doutrinária ou ideológica a que pretendem submetê-lo.
Anos sucessivos de inadequada representação e assaltos repetidos de gente desqualificada, tudo proveniente da consabida má moeda, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista cívico ou moral, retiraram valor e credibilidade a uma sigla que hoje se banalizou, ao ponto de já nem acrescentar valor ao que quer que seja que se lhe associe. Pior ainda, a sua simples exibição ou citação pode vir a retirar credibilidade ao que quer que em seu nome se apresente.
Perante tal descalabro que caminhos se abrem a quem tencione reformar a Instituição para lhe restituir o bom nome perdido ?
Crêem alguns, admitamos que bem intencionados, que bastarão uns reajustamentos ou pontuais substituições de responsáveis de certas estruturas, para que tudo volte ao seu normal, sendo o normal, para eles, pôr em funcionamento um qualquer maquinismo para fins eleitorais, capaz de os reconduzir ao ambicionado Poder.
Uma vez aí chegados, os problemas automaticamente se resolverão. Em primeiro lugar para eles, obviamente, que, aí instalados, poderão promover umas quantas distribuições de sinecuras aos amigos do peito, que os ajudaram na miraculada ascensão.
No mais, o ramerrão habitual ou, como certamente as figuras de proa política preferirão, business as usual, uns concursos patrocinados de dentro do Poder, umas concessões, umas adjudicações a Empresários amigos, uns pequenos favorecimentos a Consultoras, uns compadrios, umas preferências oportunas, tudo legal, como convém, se for feito com habilidade sofrível, se não, agenciando a conivência ou a anulação de eventuais empecilhos ou inconvenientes obstruções.
A isto se tem resumido, nos últimos dez anos, sobretudo, a passagem pelo Governo de uma gente oriunda dos dois grandes partidos centrais PSD-PS, conhecida por moderna, liberal quanto baste, bem relacionada nos corredores do Poder e nas ligações destes com as Empresas, apadrinhada pelos beneficiados do costume, em regime de equilibrada rotatividade, a bem da concórdia das novas famílias sócio-financeiras emergentes do constitucionalismo democrático pós-25 de Abril.
Neste panorama, que cabimento têm os Partidos, supostamente diferentes, baseados em Doutrinas e Programas nascidos de convicções antigas e bem vincadas nos nobres ideais de Justiça, Liberdade, Independência, Progresso, Solidariedade e Bem-Estar ?
Respondam os Cidadãos que sustentam a presente realidade, com o seu voto, o seu apoio e a sua persistente boa vontade !
Agora, que o Poder mudou, que perderão os Cidadãos anónimos, sérios e trabalhadores, que sustentaram o PSD, com o afastamento deste da esfera do dito ?
Que fariam os seus representantes políticos que estes não façam igual ou melhor, porventura até de forma menos canhestra, excepto talvez no capítulo da atribuição de cargos, onde o PS se mostra geralmente mais insaciável, porque menos inibido ?
Que mais será preciso dizer aos cidadãos honestos deste País, que ainda não tenha sido dito, comprovadamente sem a menor consequência visível ?
Para que serve a Política, para além da discussão dos Orçamentos Gerais do Estado, da redução da dívida pública, do controlo da inflação e de outras questões tão do agrado dos Macro-Economistas erigidos em Magos do presente Regime Democrático ?
Há mais mundo para além do défice, dizia há tempo o nosso prolixo Presidente. Esperemos que disso não se tenha, entretanto, esquecido e apareça com semelhante afã a proclamar mais altos e variados temas de discussão nacional.
De novo, a pergunta excruciante :
Que fazer com estes Partidos de vocação governamental e em particular com o PSD actual ?
Como insuflar o sopro vital em tão depauperado corpo ?
Revelem-se agora os futuros agentes da mudança, falando claro, com objectividade, sobre o que pretendem para o País, como e com que pessoas se propõem regenerar o PSD do nosso amargurado descontentamento ?
Quid agendum ? / Que fazer ? Que deve ser feito ?
AV_Lisboa, 29 de Março de 2005
Comments:
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Caro António,
Permita-me nada comentar aqui pois estou exultante com seu texto sobre o ensino "moderno", assunto para o qual estou mais preparada para comentar.
MUITOS ABRAÇOS,
Bisbilhoteira.
(www.bisbilhotices.blogger.com.br)
Permita-me nada comentar aqui pois estou exultante com seu texto sobre o ensino "moderno", assunto para o qual estou mais preparada para comentar.
MUITOS ABRAÇOS,
Bisbilhoteira.
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